Mulher morta havia conseguido medida protetiva pouco mais de duas semanas antes do crime

0
45

Mulher morta havia conseguido medida protetiva pouco mais de duas semanas antes do crime

Uma mulher de 37 anos foi assassinada a facadas na manhã desta segunda-feira (8), em via pública de Bauru (SP), quando chegava para trabalhar como cuidadora de idosos. A vítima havia obtido, há cerca de 20 dias, uma medida protetiva de urgência contra o ex-companheiro, após denunciar ameaças de morte, agressões e invasões de sua residência — e o agressor deveria manter distância mínima de 200 metros dela e de seus familiares. Mesmo com a determinação, o oficial de justiça não conseguiu localizar o ex-companheiro para notificação formal: ele não atendia aos telefonemas e não residia mais no endereço informado.

Segundo relatos, o ataque ocorreu de surpresa, com golpes de faca nas costas (altura do peito), ombro e pescoço; mesmo após a mulher cair, o agressor continuou a agredi-la com chutes — a violência foi tamanha que a faca chegou a quebrar. O autor fugiu, mas foi encontrado poucas horas depois por policiais do 13º BAEP em uma área de mata; ele morreu em confronto com a polícia. A vítima deixa quatro filhos menores.

O caso reacende o debate sobre a eficácia das medidas protetivas no Brasil e a dificuldade de garantir segurança mesmo após denúncias formais. Apesar de a medida existir, a incapacidade de notificar o agressor e a falha no acompanhamento deixaram a mulher vulnerável, resultando numa tragédia que choca a comunidade local.

Tenda Atacado