MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA ESCÂNDALO ENVOLVENDO VERBA PÚBLICA E REFORMA DO CAMPO MUNICIPAL DE JAÚ, através do Inquérito Civil nº 0315.0000435/2024 que vai apurar denúncias de extorsão, desvio de verbas públicas, conluio entre agentes políticos e uma empresa contratada, relacionadas à reforma do Estádio Municipal Comandante João Ribeiro de Barros, em Jaú. Segundo a denúncia apresentada por Flávio Augusto Melges, o empresário Jocimar Joaquim Pereira, da empresa Amplitude Infraestrutura e Saneamento Ltda, afirmou ter sido vítima de extorsão por parte do ex-secretário municipal Marco Lúcio Cipola, apontado como homem de confiança do prefeito Jorge Ivan Cassaro. O objetivo, conforme a investigação, seria o financiamento de páginas em redes sociais para promover a gestão atual.
Apesar de a empresa ter recebido mais de R$ 2,4 milhões em recursos públicos, a obra do estádio não foi concluída. Em especial, há o registro de pagamento de R$ 980 mil por serviços que não se refletem na execução física do projeto. Capturas de tela de conversas via WhatsApp e áudios anexados ao processo sugerem que parte desses valores teria sido desviada por meio de transferências via PIX, configurando um suposto esquema ilícito. O inquérito lista como investigados Jorge Ivan Cassaro, prefeito de Jaú; Marco Lúcio Cipola, ex-secretário de Assistência e Desenvolvimento Social; Jocimar Joaquim Pereira, empresário e representante da Amplitude; Norberto Leonelli Neto, secretário de Habitação e Planejamento Urbanístico e gestor do contrato; e, a própria empresa Amplitude Infraestrutura e Saneamento Ltda.
A Promotoria requisitou à Prefeitura documentos sobre a licitação, contratos, pagamentos, relatórios de execução e fiscalização da obra. Também foram solicitadas informações diretamente à empresa Amplitude. Além disso, o Ministério Público aguarda informações de inquérito paralelo conduzido pela Polícia Civil e apura possível relação com processos eleitorais. A investigação pode resultar em ações por improbidade administrativa, responsabilização civil e outras medidas judiciais. O Oficio nº 138/2025, da 3ª Promotoria de Justiça de Jaú, dando ciência da investigação instaurada, foi lido na Câmara Municipal, nesta segunda-feira (09.jun.25), durante a 19ª Sessão Ordinária. Os envolvidos citados têm espaço aberto para manifestação e suas versões poderão ser incluídas nesta publicação a qualquer momento.
Via Tem Coisas Jaú