Santa Casa de Jahu alcança a marca de mil captações de órgãos para doação

Santa Casa de Jahu alcança a marca de mil captações de órgãos para doação

A Santa Casa de Jahu acaba de atingir um marco importante na sua história, foram mil captações de órgãos realizadas desde que foi credenciada ao Sistema Nacional de Transplantes, em 2007. Esse número carrega histórias de famílias que, mesmo vivendo a dor da perda, escolheram ajudar outras pessoas com um gesto de generosidade.

Por trás desse resultado está o trabalho contínuo da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). A equipe, formada por profissionais de diversas áreas, atua de forma integrada para garantir que todo o processo, da identificação do potencial doador até a efetivação da doação, ocorra de maneira respeitosa, técnica e segura. A estrutura montada na Santa Casa funciona 24 horas por dia, com profissionais preparados para agir com rapidez e cuidado sempre que uma doação se torna possível.

Em reconhecimento ao trabalho da equipe e à estrutura mantida pelo hospital, a Santa Casa de Jahu foi premiada diversas vezes pelo Sistema Estadual de Transplantes como um dos hospitais com maior número de doações efetivas de múltiplos órgãos no estado de São Paulo.

O médico responsável pelo setor, Dr. Otaviano Cardoso Felício, destaca que o sucesso desse trabalho passa também por uma conscientização social que ainda precisa ser reforçada. “A decisão de doar precisa ser conversada em vida. No Brasil, mesmo que a pessoa manifeste o desejo de ser doadora, a autorização final precisa ser dada pela família. É fundamental que esse diálogo aconteça”, explica o médico. Entre os órgãos que podem ser doados estão o coração, pulmões, fígado, rins e pâncreas. Também é possível doar tecidos, como córneas, pele e ossos. Um único doador pode beneficiar até oito pessoas. É uma chance concreta de recomeço para quem está na fila de espera por um transplante.

A marca de mil captações é uma conquista importante, construída com muito trabalho, preparo técnico e, principalmente, empatia. Cada doação só acontece porque uma família, mesmo diante da dor, escolhe ajudar outras vidas.