Por que “Help!” é uma das melhores músicas dos Beatles, segundo John Lennon

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Hit lançado em 1965 é um desabafo do músico em relação às pressões esmagadoras da Beatlemania
Um dos maiores fenômenos da cultura pop, os Beatles estabeleceram um novo patamar de sucesso e influenciaram a ambição de milhões de músicos que vieram depois. Porém, mesmo com álbuns consagrados, hits conhecidos mundialmente, dinheiro e fama, a experiência de estar na banda estava longe de ser agradável — na verdade, beirava a tortura.
Em diversas ocasiões ao longo de sua carreira, John Lennon comentou o lado negativo de ser um Beatle. Em entrevista de 1980 à Playboy (via Far Out Magazine), o músico expôs como se sentia na banda.
“Eu estava sob obrigação ou contrato desde os 22 anos até os 30 anos. Depois de todos aqueles anos, era tudo o que eu sabia. Eu não era livre; estava encurralado. Meu contrato era a manifestação física de estar na prisão. […] Perdi a liberdade inicial do artista ao me tornar escravizado pela imagem do que o artista deve fazer. Muitos artistas se matam por causa disso, seja pela bebida, como Dylan Thomas; pela insanidade, como Van Gogh; ou por doenças venéreas, como Gauguin.”
Diante disso, em entrevista de 1971 à Rolling Stone (via Far Out Magazine), Lennon apontou “Help!” como uma de suas músicas favoritas da discografia dos Beatles entre as que compôs. Ele também havia citado “Stardust”, “I Am the Walrus”, “Strawberry Fields” e “In My Life”, mas o entrevistador perguntou sobre “Help!” por sua escolha ter chamado a atenção.
O artista, então, explicou que o hit é um desabafo em relação às pressões que sofria como membro do grupo.
“[Gosto tanto de ‘Help!’] Porque eu quis dizer aquilo, é real. A letra é tão boa agora quanto era antes, não é diferente. Faz eu me sentir seguro de saber que fui tão sensato ou o que quer que seja – bem, não sensato, mas consciente de mim mesmo. Isso sem tomar ácido, sem nada… bem, maconha ou sei lá o quê. Era só eu cantando ‘socorro’ e eu era pra valer, sabe? Eu não gosto muito da gravação, mas da música eu gosto. Fizemos rápido demais para tentar ser comerciais.”
Crédito: Igor Miranda

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